Morreu no fim da manhã desta segunda-feira, 17, o renomado historiador, professor, fotógrafo e escritor Fernando Tokarski, que dedicou sua vida a documentar a história de Canoinhas. Com 67 anos, ele morreu em casa. Fernando enfrentava uma batalha contra um câncer no pâncreas há dois anos. Ele completaria 68 anos no próximo dia 30 de maio.
Os amigos que tiveram o privilégio de conhecê-lo certamente lembram de sua saudação única: “Saudações polacas do Contestado.” Nascido em São Sebastião do Timbózinho, em Irineópolis (então Valões, parte de Porto União), Tokarski se mudou para Canoinhas aos sete anos, onde passou a morar com sua irmã. “Vim para estudar e nunca mais saí de Canoinhas”, lembrava, ressaltando que muitos pensavam que ele era de Canoinhas.
Trajetória
O interesse de Fernando pela história do Contestado começou por volta de 1972, quando ainda era jovem e se deparou com uma série de reportagens do jornal O Estado de São Paulo sobre a Guerra do Contestado. “Aquilo me chamou a atenção”, contou. Ao ler as histórias, ele percebeu que muitas figuras citadas eram conhecidas por ele, despertando assim sua paixão pela pesquisa. Esse foi o marco inicial de sua trajetória como historiador.
Os amigos que tiveram o privilégio de conhecê-lo certamente lembram de sua saudação única: “Saudações polacas do Contestado.” Nascido em São Sebastião do Timbózinho, em Irineópolis (então Valões, parte de Porto União), Tokarski se mudou para Canoinhas aos sete anos, onde passou a morar com sua irmã. “Vim para estudar e nunca mais saí de Canoinhas”, lembrava, ressaltando que muitos pensavam que ele era de Canoinhas.
Seu grande incentivador foi o historiador Nilson Thomé, que o guiou em sua carreira. Tokarski, que se especializou na Guerra do Contestado, tornou-se uma referência regional e estadual. Ele era membro da Academia de Letras Vale do Iguaçu, em União da Vitória (PR) e da Academia de Letras de Canoinhas. Além de suas publicações em livros, revistas e jornais, a partir de 1980, ele começou a se aprofundar na história em geral, com um foco especial na genealogia da região. Seu trabalho sobre a colonização e a história das famílias, que
abrange de 1850 a 1930, reuniu impressionantes 1260 páginas. “É um trabalho de garimpagem interminável”, destacou em entrevista ao jornal Correio do Norte.