Henry
Cartier-Bresson, um dos mais festejados fotógrafos do mundo, disse que “As
coisas das quais nos ocupamos, na fotografia, estão em constante
desaparecimento, e, uma vez desaparecidas, não dispomos de qualquer recurso
capaz de fazê-las retornar. Não podemos revelar e copiar uma lembrança.” É
assim que vejo esta feliz iniciativa da professora-fotógrafa ou
fotógrafa-professora Fátima Santos ao constituir esta página
destinada a publicamente registrar e socializar seus grandes momentos
fotográficos.
Acredito que ao assim proceder ela está
resguardando nossa paisagem em constante mutação ou extinção, fazendo do seu
exercício fotográfico a perenização das imagens que nos são valiosas. Mesmo quase
tardia, porém com espírito artístico, Fátima literalmente se revela uma
apaixonada pela arte fotográfica. É daquelas que como disse o crítico Pierre
Restany, não “... sente vergonha de pensar a partir das ideias de base como a
música dos pássaros ou o barulho da floresta [mesmo que esses sons estejam
subentendidos na fotografia], o universo de cores e estruturas das árvores, dos
rios, do viver à margem do tempo, da comunicação, da mídia, do urbano.” Goethe,
num dos seus momentos em “Werther”, notou que também é poética “A atração pelos
aspectos dolentes da natureza, pelos crepúsculos silenciosos.”
Outro
especialista, o fotógrafo Edward Weston, escreveu que em se tratando de
fotografia, “A boa composição nada mais é do que a maneira mais convincente de
ver o tema.” A natureza é pródiga em cores; a harmonia existente na coloração
do mais simples animal, vegetal ou mineral revela sutilezas inigualáveis à
competência humana. Fátima passeia sem percalços no mundo da fotografia da
paisagem, da natureza, da arquitetura, do cotidiano, do universo das pessoas. Nesta
página Fátima eterniza seus infindáveis olhares de Canoinhas, proporcionando a
todos uma viagem pela cidade e pelos seus melhores recantos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário