quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Poesia de natal

Isto deveria ser um cartão de Natal...mas não é.
É o meu modo de chegar até Vocês, para dizer de alguma Paz,
vagalumes, noites perfumadas....
...e eu lembro um Menino, deitado na palha,
sem bonitas fraldas brancas, que sorri.
... e eu lembro de um menino, pregando o Amor pelos templos e
pelas estradas do mundo...
E eu vi o Menino.... e o meu vizinho viu o Menino.... e todos vimos o Menino...
...mas o Menino morria de frio.
Sobreviveu.
“Ele” sobreviveu.
E hoje me vê, menina... e vê meu vizinho, menino...
e nos vê a todos, meninos... morrendo de frio.
Sobreviveremos ? Sim!
Por causa d’Ele, do Menininho de Belém,
deitado na palha, sem bonitas fraldas brancas...
Há uma árvore de Natal a ser erguida...
um aniversário a ser comemorado, quase dois mil anos depois...
Olharemos para essa árvore,
entre nossas quatro paredes...e ela nos mostrará Belém.
Belém estendida sobre os montes,
esparramada com sua pobreza e suas manjedouras...
com sua Estrela Guia.
Quero para vocês, amigos,
um Natal santo e belo,
como o primeiro que para nós raiou.
Que os seus olhos busquem os céus nessa noite...
e encontrem a suavidade que o Menino quis nos ensinar.
É... isto deveria ser um cartão de Natal.... mas não é.
É, porém, o tudo que posso lhes dar de mim,
numa ternura infinita.
Que nesse dia e nessa noite vocês possam se refazer, amigos,
para os dias e noites que estão por vir.
Que o sino secular do chamado
aos mansos de coração,
uma vez mais atinja os ouvidos seus.
Que a Paz esteja em vocês.
Carinho.
Feliz Natal."

Natal 1974,
Canoinhas,
ISIS MARIA BAUKAT.
 
 








 


Imagens do natal canoinhense.
Poesia do facebook de Adaír Dittrich.
 

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