segunda-feira, 27 de março de 2017

Arroio Monjolo - Fernando Tokarski


A história do arroio Monjolo ou do Monjolo confunde-se com os primórdios das formações urbana e suburbana de Canoinhas. A tradição oral posteriormente incorporada à história de Canoinhas registra que o arroio Monjolo tem esse nome desde os primeiros tempos da povoação da cidade e dos seus arredores, isto é, desde a última década do século XIX. O manancial recebeu tal denominação porque nele, nos arrabaldes da vila, Justina da Luz de Bastos ali mandou edificar um monjolo para produzir farinhas. Conhecida por “Nhá Justa”, era mulher de Emygdio Franco da Silva e filha adotiva de um dos fundadores do povoado, Francisco de Paula Pereira. Consta que o rudimentar engenho se localizava nas imediações da Rua Coronel Albuquerque, nas proximidades do atual Corpo de Bombeiros.

O arroio Monjolo nasce ao Sul da atual área urbana de Canoinhas, nos divisores de águas com o rio Água Verde e o arroio dos Porcos, tributário do rio Piedade. O Monjolo atravessa a cidade em direção ao Norte, até lançar seu caudal no rio Canoinhas, poucos metros abaixo da foz do Água Verde. Nos anos 1912, quando a vila de Canoinhas possuía tão somente cerca de 60 casas, o quadro urbano estava cravado à beira do rio Canoinhas, entre a margem esquerda e a foz do Água  Verde, e a margem direita e a foz do Monjolo.


[1] Este texto é um excerto de outro artigo maior, “Ocupação urbana e suburbana à beira do arroio do Monjolo”, ainda inédito, do mesmo autor.

[1] Professor e pesquisador de História Regional, tem nove livros publicados; é membro da Academia de Letras Vale do Iguaçu (União da Vitória/PR).






Limpeza em 2013.
Enchente. 10-6-2014

Desaguando no rio Canoinhas.

Obrigada Fernando Tokarski por sempre colaborar com este blog!

 

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