A história do arroio
Monjolo ou do Monjolo confunde-se com os primórdios das formações urbana e
suburbana de Canoinhas. A tradição oral posteriormente incorporada à história
de Canoinhas registra que o arroio Monjolo tem esse nome desde os primeiros
tempos da povoação da cidade e dos seus arredores, isto é, desde a última
década do século XIX. O manancial recebeu tal denominação porque nele, nos
arrabaldes da vila, Justina da Luz de Bastos ali mandou edificar um monjolo para
produzir farinhas. Conhecida por “Nhá Justa”, era mulher de Emygdio Franco da
Silva e filha adotiva de um dos fundadores do povoado, Francisco de Paula
Pereira. Consta que o rudimentar engenho se localizava nas imediações da Rua
Coronel Albuquerque, nas proximidades do atual Corpo de Bombeiros.
O arroio Monjolo nasce ao
Sul da atual área urbana de Canoinhas, nos divisores de águas com o rio Água
Verde e o arroio dos Porcos, tributário do rio Piedade. O Monjolo atravessa a
cidade em direção ao Norte, até lançar seu caudal no rio Canoinhas, poucos
metros abaixo da foz do Água Verde. Nos anos 1912, quando a vila de Canoinhas
possuía tão somente cerca de 60 casas, o quadro urbano estava cravado à beira
do rio Canoinhas, entre a margem esquerda e a foz do Água Verde, e a margem direita e a foz do Monjolo.
[1]
Este texto é um excerto de outro artigo maior,
“Ocupação urbana e suburbana à beira do arroio do Monjolo”, ainda inédito, do
mesmo autor.
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