quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Considerações sobre o livro “Rum na Lama Vermelha”

   Madrugadas nevoentas. Noites gélidas. Um pequeno aquecedor a gás confortando o corpo. E o calor de letras atrás de letras sendo disparadas rapidamente sobre folhas de finos e coloridos papéis a confortar o espírito.
 
 Depois, pelo teclado da pequena Olivetti páginas e mais páginas iam ficando repletas de novos poemas, novas histórias, novos textos que inundariam o “Barriga Verde”, o nosso jornal de todos os domingos.
  
Contos que foram enviados para alguns concursos literários nasceram naquela sala que ficava em frente ao verde da praça, que ficava em frente às resplandecentes luzes da praça.
  
Minha amiga poetisa Isis Maria tecendo histórias poéticas, entrelaçando palavras, formando frases…
  
Tempos depois um livro a ser publicado já fazia parte de nossos planos. Juntamos pedaços de papéis, folhas esparsas, velhos retalhos manuscritos. Juntamos o que pensávamos ser o nosso melhor com poemas de outra amiga com quem palmilhávamos estas tentativas encantadas de poetar, a nossa velha amiga Rita Clarice Zimmermann sempre presente.
 O tempo separa amigos apenas em distâncias físicas, mas, não separa almas que se completam. E, na distante Lages Isis foi montando o nosso livro. Que seria “Para além do azul…” Onde, eternamente ficou… muito além de… para além do azul… Os tempos eram outros e as tentativas de se publicar um livro tornaram-se, para nós, apenas tentativas.
 Foi nesse tempo que rabisquei esta história que agora tornou-se um livro. Foi neste tempo que brotou o embrião de “Rum na Lama Vermelha”. Uma história que seria incrustada naquele que seria o “nosso livro”.
  Em uma noite eu a rabisquei. Em uma tarde o datilografei. E em gavetas, baús e caixas da vida por quase quarenta anos incubada a história ficou.
  
Foram as instigações de meus amigos Imortais da Academia de Letras do Brasil/Canoinhas que me fizeram abrir o baú das memórias, o baú das coisas guardadas, onde encontrei o velho manuscrito e as vinte e seis páginas datilografadas em folhas de papel almaço não pautado, em espaço simples, sem margens…
 
 Escritos, que, lentamente eu fui digitando… esticando, para dar maior volume. e a história foi tomando forma. Na época, seria, para mim, um romance já concluso. Curto, mas romance.
 Seria um livreto apenas. Fino. Poucas páginas. Um recheio seria necessário para que de romance, mesmo, pudesse ser chamado. Mas, nesse ínterim, eu já estava escrevendo os textos para este nosso JMais, textos que fazem parte de ‘O Meu Lugar”, o meu primeiro livro.
 
E a história que então eu arquivara sob o título “Esboço de um livro”, foi ficando para trás. Quando o esboço já tomara corpo, outro nome provisório em minha mente esvoaçava e imaginei batizá-lo de “História de um amor impossível”. Como inúmeros são os amores impossíveis já transitados e a transitar por este mundo que, ao burilar as últimas linhas do último capítulo eu já pensava em chamá-lo “Rosas para a Noite de meu Bem”, e entre este e o título final fiquei titubeando. Até uma enquete entre os Imortais amigos fizemos para decidir pelo batismo final.

Dizer “Obrigada!” aos que tornaram possível a publicação de “Rum na Lama Vermelha”, parece que estou fazendo uso apenas de uma palavra tão batida em nossa portuguesa língua. Mas, colocar palavras no papel é o que mais gosto e sei fazer. E, ao dizer “Obrigada!” eu afirmo exatamente isto. Que eu devo uma obrigação:

Ao Professor Ederson Luiz de Matos Mota, por seu trabalho em realizar a revisão e pelas palavras por ele escritas para a contracapa.
 
 Ao Professor Pedro Penteado do Prado, pelo tempo dispendido em revisar meu livro e pelas artísticas ilustrações que o valorizaram.
 
 À Professora Rosane Godoi, que redigiu o prefácio, transformando o romance vivido por Alícia e Eduardo em uma saga.
  Ao Jornalista e Mestre Edinei Wassoaski, pela primorosa diagramação, pela bela foto da capa, pela paciência em estar sempre presente, incentivando e animando.
 
 Ao pessoal da Uniuv pela elaboração da Ficha Catalográfica e seu encaminhamento ao ISBN em tão curto espaço de tempo.
 
Escrito pela autora do livro Adair Dittrich e publicado pelo Portal JMais
Adair Dittrich com Rosane Godoi que redigiu o prefácio do livro.
 Comentário de Nilson Cesar Fraga: "Que linda deve estar essa obra! Pelas pistas dadas, deve ser mesmo envolvente, como: "em uma noite eu a rabisquei. Em uma tarde o datilografei. E em gavetas, baús e caixas da vida por quase quarenta anos incubada a história ficou". Só os baús e caixas da vida, dizem muito sobre experiências da/de vida, daquelas que precisamos saber, que nos levam para longe, para outros tempos e nos permitem estar aqui e presentes. Parabéns Adaír Dittrich, que SJM me permita estar contigo (vocês) no dia 1°! Abraço!"

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