segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Wilson Ludka: o homem do voluntariado

  Wilson Ludka: o homem do voluntariado que reconhece o trabalho comunitário dos canoinhenses. Pensou em som, pensou em Wilson Ludka! Afinal, quem não conhece em Canoinhas a Kombi com aquela caixa de som que passa rua por rua fazendo propaganda? Na porta do veículo, a identificação: “Ouro Verde Som e Propaganda”. Wilson do som. Wilson da Kombi. Ele é carinhosamente conhecido destas formas em Canoinhas. Pessoa querida, Ludka tem uma qualidade rara: a gratidão. Há seis anos Wilson criou a festa “Túnel do Tempo”, que toca músicas das décadas de 70, 80 e 90. Mais do que recordar o passado ao som de belas e enigmáticas canções, Ludka tem uma missão especial em suas noites. Ele homenageia com certificados pessoas da comunidade ligadas ao trabalho de sonorização que ele faz: “é uma homenagem pela confiança, amizade, pelo empenho com a comunidade. É muito mais do que um reconhecimento empresarial ou financeiro”, explica Ludka que já prestou homenagem há 135 pessoas desde 2012. Aos 57 anos, o publicitário mostra que é possível fazer a diferença em um país que reconhece o trabalho de outrem depois do falecimento. Ele optou por fazer isto em vida e demonstrar a importância de prestar uma homenagem. Começou como engraxate. Wilson Ludka é casado com Marcia Scheuer, de 42 anos. Ele é pai de quatro mulheres: Michelle, Giselle, Gracielle, Danielle e avô de dois netos: Henrique e Flávia. Ludka vive em Canoinhas há quase meio século anos. Nasceu em Bela Vista do Toldo: “no tempo em que Bela Vista pertencia a Canoinhas”, faz questão de frisar. Veio para Canoinhas aos nove anos porque seu pai queria oportunizar aos 10 filhos um futuro diferente do seu. Ludka começou trabalhando com engraxate. O pai dele Alfredo Ludka, professor na época, conhecia os taxistas da cidade e pedia para que eles deixassem o filho cuidar dos sapatos! E assim Wilson começou ganhando seu primeiro ordenado. A mãe de Wilson chama-se Olindina Rocha Ludka. O pai queria que ele fosse barbeiro ou gaiteiro, mas ele acabou indo trabalhar na sorveteria de Hélio Romanowski, que ficava embaixo da Sociedade Beneficente Operária (SBO). Vendeu picolé, foi cobrador da autoelétrica de Fritz Sachweh, passou pela Óptica Canoinhas, morou em Curitiba, voltou para Canoinhas e trabalhou no hospital numa época em que não precisava ter formação acadêmica para atuar na Saúde. Teve a profissão de surfassagista (profissional responsável por dar forma às lentes de óculos): “pegava o vidro bruto, lixava, polia e formava o grau da lente”, recorda. Foi trabalhando na ótica que conheceu a arte da sonorização. Freddy Baukat comprou aparelhagem para fazer som. Seu irmão Eurico e o Ismael Carvalho trabalhavam com som. Ludka trabalhou na Rádio Canoinhas, quando a emissora ainda ficava na rua Getúlio Vargas. Era o operador de som que também anunciava os falecimentos! Casamentos Wilson trabalha há mais de quatro décadas fazendo sonorização dos mais variados eventos, em especial, dos casamentos. Tocou muitos casamentos e deles guarda lembranças curiosas na memória! “Teve um que foi no Clube e a mãe do noivo chegou no microfone e disse: garçom, pode servir o grude”! Ele sonorizou casamento que durou 30 dias em que os pais dos noivos gastaram fortuna na festa. Lembra com carinho das bodas de Aristides Mallon, à beira da piscina e do casamento em casa da jornalista Priscila Noernberg e do sargento Anderson Pilaty: “foi um casamento de cinema”, afirma. Baladas históricas. Em 1983, abriu com o irmão a primeira danceteria de Canoinhas e a mais moderna da região para a época, a Lafayete. O palmeirense foi responsável pela criação de inúmeras festas que marcaram o Planalto Norte, como a escolha da “Garota Planalto”, que elegia a mais bela entre as garotas que viviam desde Campo de Alegre até Porto União. “Também criei as festas Noite Pantanal e Noite do Flash Back. Fiz a maior balada que Canoinhas já teve com aproximadamente 1400 pessoas na Sociedade Beneficente Operária”, recorda. Estudo Ludka estudou no Almirante Barroso, cursou o científico no Colégio Santa Cruz e fez secretariado na antiga Funploc! Também fez cursos na área de som. Por sete anos esteve na Associação dos Dirigentes de Venda do Brasil e outros 12 na agência de propaganda SC. Atualmente é associado a CDL, Sindilojas, e Acic. Católico, Wilson faz parte de grupos de convivências da igreja onde exerce o papel de liderança também. Voluntariado O publicitário também já foi reconhecido pela sua atuação junto à comunidade tendo recebido a comenda de “Amigo do 3º Batalhão Polícia Militar”; foi agraciado com título junto ao Rotary. Além de homenagear as pessoas, faz trabalho voluntário há pelo menos 40 anos para instituições como a Apae e Rede Feminina de Combate ao Câncer. Também nunca cobrou por sonorizar as missas de Finados, realizadas no Cemitério Municipal. Este homem que tem na família o seu alicerce é exemplo de canoinhense que mostra que a vida é uma eterna oportunidade colocar os nosso dons à serviço do próximo fazendo o bem!
 
 Escrito pela Jornalista Priscila Noernberg
 
Ano de 1977, início das atividades de som. Wilson e Fredy Baukat.
O nome do som era The Big Boys - Os Grandes Meninos. O Fredy estava
preparando o disco para rodar Donna Suummer (I Feel love).
Ano do lançamento desta música.
 
Na foto, sendo entrevistado pela então RBS, num dos grandes eventos da
Ouro Verde Som no final da década de 80.
Miguelito,Gaúcho da Fronteira, Wilson e Dioraci Franco.
Na 10º Fesmate!


13º Rodeio do CTG Bela Vista na Fazenda São Pedro.
4 de novembro de 2015

Procissão de Santa Cruz. Trabalho de som voluntário.

Domingo na praça, 2016. Com a esposa Marcia.
Lançamento do livro Rum na Lama Vermelha de Adair Dittrich.

Desfile da Festa do Tiro.
Segundo Isabel Cristina Bossi Dias, o Wilson ganhou uma Honra ao Mérito como um dos homens mais solidários do grupo do Facebook "Baú da Felicidade Anos 20".
 

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