A historinha de hoje remonta aos anos de ouro do Grêmio XV de Julho, em 1974, quando o pessoal mais “arrojado” da turma, resolveu ensaiar um bloquinho de rua chamado de “Unidos da Maloca”.
- Os principais instrumentos eram emprestados do 3º. BPM, por um comandante que adorava carnaval. Os tamborins eram pequenas frigideiras de cozinha, e as baquetas confeccionadas com varetas finas ferro de construção.
A primeira fantasia do Bloco foi feita com sacos de algodão branco, doados pelo dono de uma mercearia localizada na esquina do outro lado da praça Lauro Müller. Cerca de 40 dessas peças foram levadas para a lavanderia para lavar e passar, e depois para uma costureira para fazer os buracos, um no fundo do saco para a cabeça, e dois nas laterais para passar os braços.
- O bloco concorrente, formado por uma rapaziada da sociedade com maior poder aquisitivo, arrazou. Com belas fantasias confeccionadas por renomadas costureiras da cidade, com cerca de uns 60 integrantes, chamava-se “Scorrega La Vai Tudo”.
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-- A prefeitura havia doado uma quantia em dinheiro para ser dividida entre os dois blocos com uma fatia bem maior para o vencedor. Adivinha quem ganhou ? -- Scorrega La Vai Tudo... é claro... kkkkk
Anos depois, surgiram outros blocos muito mais bem estruturados, que disputavam polpudos prêmios, que se apresentam em desfiles muito bem organizados, em frente ao Clube Canoinhense.
-- Aumentou o número deles e a criatividade nos nomes: Kakara e KaKorage, Moçada Dependente (também chamados de galácticos), Os Bem Dotados, Os Bem Casados, e novamente os Unidos da Maloca.
A propósito, quero desmistificar informações erradas sobre o bloco Unidos da Malóca.
– Na turma de fundadores do grupo, lembro de alguns nomes que frequentemente se reuniam para tratar o assunto: - Jair Dubena, Waldemar Colombo Jr., Egon Franz, Wilmar Franz, Milton Bayersdorff, Jair Kohler, Lúcio Colombo, José Luiz Lucas, Luiz Carlos Werka, Attos Scholze, entre outros. Alíás, foi o Attos que pintou a bandeira do bloco, com um casebre quase caindo, com a inscrição acima e abaixo dela, com o nome do Bloco (como se vê na foto).
Fotos do Acervo de Lúcio Colombo, colunista do Jornal Correio do Norte e de alguns carnavalescos da época.
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