sexta-feira, 8 de março de 2013

Apresentação do Blog por Fernando Tokarski


Henry Cartier-Bresson, um dos mais festejados fotógrafos do mundo, disse que “As coisas das quais nos ocupamos, na fotografia, estão em constante desaparecimento, e, uma vez desaparecidas, não dispomos de qualquer recurso capaz de fazê-las retornar. Não podemos revelar e copiar uma lembrança.” É assim que vejo esta feliz iniciativa da professora-fotógrafa ou fotógrafa-professora Fátima Santos ao constituir esta página destinada a publicamente registrar e socializar seus grandes momentos fotográficos.

         Acredito que ao assim proceder ela está resguardando nossa paisagem em constante mutação ou extinção, fazendo do seu exercício fotográfico a perenização das imagens que nos são valiosas. Mesmo quase tardia, porém com espírito artístico, Fátima literalmente se revela uma apaixonada pela arte fotográfica. É daquelas que como disse o crítico Pierre Restany, não “... sente vergonha de pensar a partir das ideias de base como a música dos pássaros ou o barulho da floresta [mesmo que esses sons estejam subentendidos na fotografia], o universo de cores e estruturas das árvores, dos rios, do viver à margem do tempo, da comunicação, da mídia, do urbano.” Goethe, num dos seus momentos em “Werther”, notou que também é poética “A atração pelos aspectos dolentes da natureza, pelos crepúsculos silenciosos.”

Outro especialista, o fotógrafo Edward Weston, escreveu que em se tratando de fotografia, “A boa composição nada mais é do que a maneira mais convincente de ver o tema.” A natureza é pródiga em cores; a harmonia existente na coloração do mais simples animal, vegetal ou mineral revela sutilezas inigualáveis à competência humana. Fátima passeia sem percalços no mundo da fotografia da paisagem, da natureza, da arquitetura, do cotidiano, do universo das pessoas. Nesta página Fátima eterniza seus infindáveis olhares de Canoinhas, proporcionando a todos uma viagem pela cidade e pelos seus melhores recantos.
 
*Fernando Tokarski, historiador, membro da Academia de Letras Vale do Iguaçu (União da Vitória-PR) e do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina

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