quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ALL sinaliza autorização para trem turístico do Contestado

A estruturação de um roteiro turístico envolvendo passeio de trem em percurso que poderá se estender de Três Barras a Porto União ganhou força com a sinalização da ALL para a liberação de um trecho de aproximadamente 140 quilômetros da antiga Ferrovia do Contestado. A autorização foi solicitada pelo deputado Antonio Aguiar (PMDB) e o secretário de Desenvolvimento Regional de Canoinhas, Ricardo Pereira Martin, acompanhados dos vice-prefeitos de Porto União, Aloísio Salvatti, e de Canoinhas, Wilson Pereira, além de outros integrantes do trade turístico regional durante visita à sede da companhia, em Curitiba.
A coordenadora de Relações Institucionais da ALL, Vânia Lopacinski, que é de Porto União, manifestou a disposição da empresa ceder o trecho desativado.
A ideia é operar um trem turístico associado a estruturas de hospedagem, restaurantes, museus e programação de aventura, com planejamento conjunto dos municípios interessados e associações locais. A visita, na tarde desta quinta-feira, 19, incluiu a sede administrativa, central de controle de tráfego dos mais de 12 mil quilômetros de ferrovias operados pela ALL, onde em média são administrados os deslocamentos de 400 composições em tempo real, a área de formação e capacitação de funcionários e a maior oficina de manutenção de trens da região sul, onde os trens ainda circulam em bitola métrica.
O deputado Aguiar não escondeu a emoção ao conversar com ferroviários da ALL e recordar o tempo em que seu pai Mário era operador de tráfego via telégrafo na estação de Marcílio Dias, em Canoinhas. "Aqui o coração bate mais forte", disse, quando viu uma locomotiva sair das oficinas e acionar a buzina. O sonho de reativar a ferrovia do Planalto Norte é comum a muitas comunidades que têm sua história de colonização associada ao trem. Mas um projeto real depende de muita logística operacional para ganhar densidade, e todos os visitantes saíram convencidos da necessidade de ampliar o debate com as estruturas municipais ligadas ao turismo e outras associações interessadas. Há também questões institucionais, como contatos com o DNIT e ANTT, para formalizar o interesse na utilização do trecho ferroviário concessionado à ALL, bem como para obter vagões de passageiros que terão de passar por restauração. Ainda com a empresa, será preciso firmar contrato para garantir uma locomotiva e maquinistas.

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