O Athelier
Photográphico Uhlig, de Curt Uhlig e filhos foi a primeira empresa do ramo
fotográfico estabelecida em Canoinhas.
Durante
43 anos, de 1927 a 1970, foi a responsável pela maior parte dos serviços
fotográficos desta cidade, e que constitui, hoje um preciso acervo histórico.
Curt
Uhlig foi seu fundador, nasceu em Dresden na Alemanha em 1875. Ele veio com os
pais e irmãos para o Brasil, em um navio de Imigrantes. Foram morar em Rio Vermelho em São Bento do
Sul. “Eram lavradores e para auxiliarem no orçamento doméstico, a família,
tecia a noite chapéus de palha que eram vendidos na região. Eles vendiam em São
Bento do Sul, Mafra e Rio Negrinho. Os chapéus eram transportados sobre o lombo
de mulas, e em meio a “picadas”, uma vez que não havia estradas naquela época”,
conta Nilda.
Em
1902 Curt casou-se com Marta Tchoeke, que também era filha de imigrantes
Alemães. Deste casamento nasceram cinco filhos: Margarida, Paula, Edmundo,
Rodolfo e Álvaro.
Álvaro
Uhlig casou-se com Elizabeth Bechel, filha de José e Catarina Bechel, também
imigrantes alemães. Dessa união nasceu Guido, Nilda, Donald e Brigida. “A
família da minha mãe tinha vindo de Jaraguá e fixou residência no Campo do Água
Verde. Nos anos 50 e 60, meu tio tinha um famoso salão de bailes. Seu Chico Bechel
como era conhecido, foi um dos maiores incentivadores para a construção da
Igreja São Francisco”, lembra.
Nascido
em 31 de março de 1906 em São Bento do Sul, Álvaro desde muito jovem era
apaixonado por fotografia. Junto com o irmão Rudi, começou o aprendizado da
arte através de livros especializados que vinham da Alemanha.
Em
1927 vieram para Canoinhas, naquela época chamava-se Ouro Verde, um município
promissor, onde se estabeleceram com a família e montaram o Athelier
Photográphico Uhlig. “No principio o estúdio funcionava em um barracão na Rua
12 de Setembro. No início da década de 30, mudaram na Rua Eugênio de Souza em
frente à ervateira Seleme. O estúdio era o único na cidade e muito moderno para
os padrões da época”, relata.
Álvaro
e seu irmão caçula Edmundo passaram a fotografar os principais eventos da
cidade. Por 40 anos, eles registraram o crescimento da cidade e inúmeros eventos
que se passaram durante todos esses anos.
Naquele
tempo os automóveis eram raros e as estradas precárias. Para percorrer o
interior do município, Álvaro viajava a cavalo, aonde era solicitado para
fotografar. Não media esforços para poder registrar uma boa imagem. Na
construção da Igreja Matriz, ele subiu no topo pelos andaimes, pois não tinha
escada que chegasse até lá. Se arriscando sem nenhum material de segurança e
com a câmera pesada, conseguiu registrar esse momento único do topo da Igreja
em construção. “Quem vê essas fotos hoje não sabe o risco que o fotógrafo
correu em fazer esses registros. Primeiro foi preciso amarrar a máquina e o
tripé na ponta de uma corda. A máquina junto com os negativos que eram de vidro
pesava em torno de 5 quilos. Então meu pai pegou a outra ponta da corda e subiu
pelos andaimes, até o topo onde tinha uma pequena plataforma, mas grande o
suficiente para armar o tripé. Então parafusou a máquina e fotografou a cidade
numa sequência de seis ângulos diferentes”, diz.
Foi
assim que com essa paixão pela fotografia, Uhlig, registrou um incalculável número de imagens da cidade e de pessoas que o deixaram através
de sua arte, fazer com que suas fotos fossem contempladas até hoje.
Em
1953 remodelou seu Atelier, construindo no local um prédio de alvenaria, que
até hoje está no local. Permaneceu trabalhando até 1970 onde encerrou sua
profissão por causa de uma catarata. Viveu até 1988 em sua chácara no Alto da
Tijuca, onde aos 83 anos faleceu. Sua esposa Elizabeth já havia falecido em
1952. “Meu pai marcou a história de Canoinhas, através de sua arte, seu
trabalho sempre minucioso e impecável. Com certeza é lembrado por muitos vovôs
fotografados quando criança, no cavalinho de madeira esculpido por meu avô
Curt, e que fazia parte do estúdio. Ele merece ser lembrado, não só pela sua
arte, mas também pelo seu lado humano, pelo seu caráter correto, digno e
honesto. Indiscutivelmente excelente pai e chefe de família. Orgulho e exemplo
para seus filhos, netos e bisnetos, a quem sempre fez questão de passar esses
valores”, conclui.
Os
filhos de Sr. Álvaro Uhlig estão vivos e guardam com eles o acervo do pai. O
filho Guido mora no Rio de Janeiro, Donald em Brasília, Brigida em Lages e
Nilda em Canoinhas.
Revista Imagem Sul, texto de Pollyana Martins
Alvino Wagner e família. |
Igreja Luterana. |
"Ponte em Construçao na esquina das ruas Eugênio de Souza e José Boiteux. Início dos anos 1960.
Até mais ou menos o final dos anos 1960, o Bar era do meu tio Leonel Barcellos, e se chamava Bar Barcellos. Em seguida foi arrendado ao Sr. Eugênio Endler, pai da Maria Julia Endler, cuja família se tornou nossa vizinha e amiga, pois eu morava na casa ao lado (onde o menino está passando de bicicleta).... Na nossa casa era a Barbearia Barcelos de meu pai Elizeu. Foi no Bar do meu tio e do Endler que me tornei um ás na sinuca e no jogo "3 pedras", equiparando-me quase ao melhor profissonal da época, em Canoinhas, o "Cabeção"! Tempo bom: sem internet, sem, celular, sem tv e sem xisalada! O garoto de mão no bolso ao lado direito do poste na foto, observando, provavelmente sou eu... Logo após minha casa era a casa de nossos também amigos e vizinhos, a família do Sr. João Abrão Seleme. Em seguida era a loja de calçados da família Seleme (na última porta foi a "Sapataria Rápida" de meu saudoso compadre e amigo, Elmo Kaiser). E finalmente, no prédio lá da ponta, era escritório e no 1º andar morava um dos filhos do Sr. João Abrão, Wilson Seleme e família. E lá no alto, o Ginásio Santa Cruz, dos irmãos Maristas, e a Capelinha! A foto foi tirada por nosso também vizinho, fotógrafo e amigo Álvaro Uhlig, provavelmente do primeiro andar de sua casa." Informações do facebook de Everaldo E. Barcelos |
Caminhões a gasogênio, 1940. Rua Vidal Ramos. |
SBO Escoteiros. |
Carregamento de erva-mate, 1928. Porto de Canoinhas. |
Cervejaria Loeffer. |
.Clube do Tiro. — com Alvino Voigt, Orlando Olsen, Francisco Artner Filho, Osvaldo Chagas, Willy Vogt, Harry Voigt, Helmuth Prust, Francisco Bechel, Antonio Dias e Guilherme Prust. |
Década de 40. |
Edeltraudt Hengst Kellner. |
Em frente a Casa Para Todos, Praça Lauro Müller. |
Enchente de 1935. |
Enchente de 1927. |
Clube Canoinhense. |
Esquadrias Santa Cruz. Casa e salão Chico Bechel. |
Família Fedalto. |
Família Gonchorowski. |
Família Loeffer. |
Família Seleme. |
Família Fedalto. |
Recebi esta mensagem de Heidi Rosi Sarda: "Olá Fatima, caiu em minhas mãos uma foto que vc menciona familia canoinhense não identificada,Uma parte eu consegui identificar, familia Uhlig ( fotógrafos) meus bisavós e familia Hengst - Rodolfo que casou com Margarida filha de Kurt Uhlig, o Rodolfo era o dono da Cerâmica Canoinhense que fabricava vasos, localizado na rua Bernardo Olsen, logo após o Col Santa Cruz, eles eram meus avòs, pais da minha mãe Edeltraud Kellner, que é uma das crianças sentadas e de chapeu branco." — com Edeltraut Hengst, Kurt Uhlig, Marta Uhlig, Margarida Uhlig Hengst, Elizabet Uhlig e Alvaro Uhlig.
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