Paulo Adolar Wagner não é apenas um bom comerciante é, também, um grande amigo. No seu estabelecimento comercial, recebe todos os dias, de manhã e de tarde seus colegas para uma roda de chimarrão. E tem que ser com sua erva favorita: Bela Vista. Numa quinta-feira, início do mês de julho, ele recebeu, com muita educação, eu e a amiga Isabel Cristina Bossi Dias, para um bate-papo. Lá se encontravam os amigos: Giovani Klempouz, Elisio Pillati, Celso Koller e, mais tarde chegou o Romeu Vier.
Seu Paulo vende muitos produtos em seu comércio, medicamentos, materiais para animais, chapéus e tantas outras coisas para o pessoal da roça. Conta que seu avô Carlos Wagner e um primo vieram de São Bento, em 1920, de carroça. A avó Florentina, veio de trem com os três filhos. Foram pra Bela Vista montar uma serraria tocada a água. Esta serraria funcionou por pouco tempo. Foi então que ele foi trabalhar na indústria Irmãos Fernandes, popular portugueses.
Seu Paulo nasceu em Bela Vista, numa família com mais cinco irmãos e duas irmãs gêmeas. Isso foi em outubro de 1935. Veio pra Canoinhas em 1969. Estudou até o quarto ano em Bela Vista depois no Colégio Agrícola Vidal Ramos nos anos de 1951 ou 52. Em 1955 foi servir o exército no Rio de Janeiro. Ele conta, que naquele tempo, muitos catarinenses serviam no Rio. Em 1959 casou com Vanda Lachmann e teve sete filhos, cinco meninas e dois guris. Seu Paulo nunca teve medo de serviço, trabalhou muito tempo na roça, depois na cooperativa e em 1978 abriu seu próprio comércio, primeiro onde hoje encontra-se o prédio em construção, o Cristo Rei, em 1979 comprou este onde possui sua loja até hoje. Ele não tem hora certa pra atender os clientes, já teve gente que procurou ajuda pra animal de madrugada.
Seu Paulo conta que, seu amigo já falecido, Valdemar Kuppel vinha todos os dias tomar chimarrão, às 14 horas. Seu Bráulio Ribas da Cruz, que era juiz de paz, também vinha todos os dias. Seu Bráulio também já faleceu e deixou muitas saudades no coração do amigo.
Hoje seu Paulo está separado e mora sozinho. Há dez anos não tira férias.
Seu amigo Giovani diz que: "Seu Paulo não gosta que mexam na bomba do chimarrão tipo 'trocar marcha', isso tira ele do sério. rsrs"
Seu Elisio, que conhece seu Paulo há 35 anos, nos contou : "Paulo recebe todo mundo bem, sempre alegre, tratando todo mundo igual."
O amigo Celso diz que só pode vir duas vezes por semana, porque trabalha ainda.
E assim, acontece todos os dias, uma roda de chimarrão e muita conversa entre amigos, amigos de verdade!
E assim, acontece todos os dias, uma roda de chimarrão e muita conversa entre amigos, amigos de verdade!
O menino em pé é o pai de seu Paulo e a direita sua avó. |
Avós paternos: Carlos e Florentina. |
Pais: Carlos Wagner Junior e Frida K. Wagner. |
Paulo Wagner |
Onde hoje é seu estabelecimento comercial. |
Seu Paulo com os filhos. |
Seu Paulo com os amigos tomando chimarrão. |
Nesta mesa tem muitos documentos, lembranças, algumas de 40 anos. |
Com a amiga Isabel |
Romeu Vier, amigo há 20 anos. Diz que seu Paulo
é um grande companheiro, um profissional com muita
experiência e que, já viu ele dar aula pra muitos agricultores.
|
Verdade bem isso
ResponderExcluirMeus parentes, uma grande família, antes de qualquer coisa a linda história de vida e amizades. Sou grato por poder rever um pouco da minha, nossa história. Saudades das conversas nas rodas de chimarrão com o saudoso primo Paulo
ResponderExcluir